sexta-feira, 14 de outubro de 2011

CASARÃO DOS TANAJURA




 
Sobrado originalmente de uso misto – residencial e comercial – consta que foi construído no período de 1860 a 1870, por D. Antonia Francisca de Jesus Castro e irmãs. Sem herdeiros, as irmãs de D. Antônia doaram o imóvel para ela após seu casamento com o Senador José de Aquino Tanajura. Com o falecimento do casal Tanajura, o Sobradão dos Tanajura, como era conhecido, passa a pertencer aos seus dez filhos e herdeiros. Em 1946, o prefeito Ursino Meira comprou dos herdeiros do Senador Tanajura e o transformou em prédio público, instalando a sede da Prefeitura Municipal. Em 1955, é criada a Comarca de Livramento, e o Prefeito José Meira Tanajura instala, também no prédio, a sede do Fórum local, os Cartórios do Cível, do Crime, do Eleitoral e o Tabelionato de Notas.   Com a construção da sede própria para o fórum local, o Sobrado passa a funcionar exclusivamente como sede da Prefeitura Municipal, funcionando o Gabinete do Prefeito, algumas Secretarias  e Setores Administrativos.
            De relevante interesse arquitetônico, o Sobrado apresenta um corpo principal retangular, recoberto por telhado em quatro águas e um apêndice posterior  com cobertura em duas águas que se abre para o pátio de serviços. Devido à declividade do terreno, o corpo principal se desenvolve em três níveis: Porão, projeção do edifício térreo e pavimento nobre. O anexo que abrigava a cadeia tem dois níveis que correspondem ao porão e térreo do corpo principal. O frontispício, flanqueado por cunhais, tem nove portas superpostas por igual número de janelas, que, segundo se sabe, foram confeccionadas pelos escravos de Joaquim Augusto de Moura, Barão de Vila Velha. Todos os vãos possuem marcos em madeira e terminação em arcos plenos. Nas outras fachadas só os vãos do pavimento nobre têm esta forma; enquanto os demais apresentam vergas retas.
O interior do edifício é simples e despojado de qualquer forma artística ao não ser uma escada helicoidal em madeira; há ainda uma escada de serviço também feita em madeira, mas sem qualquer forma artística; ambas dão acesso ao 1º andar. O piso de todo o prédio é assoalhado e tem como teto o tabuado do pavimento superior. O porão (hoje depósito de materiais utilizados pela Secretaria de Obras) tem o piso em terra batida e em lajota de barro cozido. Ao lado deste, um vão semi-coberto que serve de garagem. 
Das janelas superiores do edifício, pode-se observar a Praça Dom Hélio Paschoal e toda a paisagem de Livramento de Nossa Senhora especialmente a ampla vista da Serra Geral e do Vale do Brumado.
Hoje a Prefeitura continua funcionando no Sobradão que se encontra bem conservado, acolhendo no andar superior: o Gabinete do Prefeito, a Tesouraria, o Setor de Contabilidade, a Controladoria Geral, a Secretaria da Administração e Finanças e a Secretaria de Governo. No andar térreo, na parte interna, estão: o Salão Nobre, o Departamento de Transportes, a Secretaria de Esportes, Turismo e Lazer e a Coordenadoria de Cultura e o Departamento de Recursos Humanos; na parte externa, encontra-se o Setor de Tributos, o Conselho Tutelar, a Secretaria de Obras e Serviços Urbanos e a Junta Militar.
Endereço: Praça Dom Hélio Paschoal, nº 94, Centro – Livramento de Nossa Senhora – Bahia 
Texto produzido em outubro de 2011, por Ester Lígia Machado Almeida, baseado em informações que obteve oralmente e em um livro do IPAC-BA.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

DR. JOAQUIM AUGUSTO TANAJURA



Nascido em 31 de outubro de 1878, era chamado de “Tanajurinha”, pois era filho caçula do senador Dr. Tanajura e Antônia Francisca. Passou sua infância entre o sítio Bom Jardim de São José (Lagoa) e a fazenda Coqueiros, tendo feito seus primeiros estudos em Vila Velha, na escola do professor Dario de Castro Ramos, na Rua do Fogo, Terminou seu curso primário em Rio de Contas. Estudou medicina na Faculdade de Medicina da Bahia, em Salvador, onde diplomou-se em 8 de dezembro de 1900, com a idade de 22 anos. Defendeu a tese Letalidade Infantil e Suas Causas, aprovada com distinção. Em Salvador, fundou com colegas e amigos a Liga Baiana contra a Mortalidade Infantil. Foi jornalista, político, escrevia para o jornal da época Diário da Bahia. Na política, teve apoio dos correligionários do seu pai Dr. Tanajura, sendo eleito Deputado Federal, em 1906, passando a residir no Rio de Janeiro, onde além dos trabalhos legislativos era médico da Polícia Militar do antigo Distrito Federal. Foi convidado a fazer parte da comissão Rondon, percorrendo os sertões do Mato Grosso e do Amazonas, projetou-se nacionalmente como secretário geral da comissão mista de limites entre o Brasil, Peru e Colômbia. Por esta atuação foi condecorado pelo governo da Colômbia, com a Ordem da Cruz de Bogotá, no grau de oficial; e com a insígnia e diploma da Ordem Del Sol Del Peru.
Na sua missão no Amazonas foi eleito o primeiro prefeito de Porto Velho, em 1917, onde fundou o primeiro jornal da cidade Alto Madeira. Em 1923 foi eleito novamente pelo voto popular. Fez brilhante administração dotando o município de obras de infraestrutura, saneamento e melhorando o sistema educacional. Foi eleito Deputado Estadual pelo Amazonas, transferindo-se para Manaus Posteriormente, foi eleito prefeito de Manaus, dotando a velha cidade obras sociais que ainda hoje são utilizadas pela população. Em 1940 deixou com grande pesar o Estado do Amazonas e passou a residir em Curitiba, Paraná, onde assumiu o posto de médico da Polícia Militar. Depois de 1 ano deixa a capital paranaense e viaja para o Rio de Janeiro, vindo a adoecer gravemente na sua passagem pela cidade de São Paulo, onde foi internado no Instituto Paulista de Medicina, falecendo em 19 de junho de 1941. Em Livramento existe uma rua com seu nome a rua Dr. Joaquim Augusto Tanajura, no centro da cidade, próximo ao bairro do Tomba.

terça-feira, 5 de julho de 2011

A FAMÍLIA TANAJURA E A RELIGIÃO CATÓLICA

A Família Tanajura sempre teve forte ligação com o catolicismo em Livramento. Desde tempos passados são numerosos os devotos de Nossa Senhora do Livramento da família Tanajura. Muitos membros desta família já foram festeiros da padroeira.
Uma devoção de grande significado na família é a devoção à Nossa Senhora da Conceição. Existe na Catedral de Nossa Senhora do Livramento uma pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição que foi doada pelo Dr. Tanajura à igreja logo após o falecimento de sua esposa Antônia Francisca de Jesus, em 1906. A imagem foi em procissão da Capela da casa da Lagoa até a cidade permanecendo então em um altar de madeira na lateral da nave. Com reformas da igreja a imagem foi colocada ao lado do altar do Santíssimo Sacramento, sendo enfim retirada por reforma da Capela do Santíssimo. Atualmente permanece na sacristia da Catedral. Segundo a tradição uma promessa à Nossa Senhora da Conceição feita pela família Tanajura livrou a cidade da Febre Tifoide no final do século 19.
Outra festa de grande importância na família é a festa do Divino Espírito Santo. Os filhos do major Theodoro Tanajura assinam o nome Espírito Santo devido a esta devoção.
Segundo a tradição as imagens de Nossa Senhora do Livramento e do Sagrado Coração de Jesus foram doadas, no final do século 19, pelas irmãs da família Castro, sendo cunhadas do Dr. Tanajura.
Altar-mor da Catedral de Nossa Senhora do Livramento
Da esquerda para a direita: Sagrado Coração de Jesus, Nossa Senhora do Livramento, ao centro, e São José.
Imagem de Nossa Senhora da Conceição que se venera na Catedral de Nossa Senhora do Livramento, que pertenceu à Capela da casa da Lagoa.
Visita de descendentes Tanajura à Capela no interior da Casa da Lagoa.

terça-feira, 7 de junho de 2011

MEU AVÔ MÁRIO DO CARMO TANAJURA

Meu avô materno Mário do Carmo Tanajura, carinhosamente chamado pelos familiares de "Pai Mário" deixou muitos ensinamentos à sua família e à sua cidade, Livramento. Tive a oportunidade de conviver com seus exemplos na minha tenra infância, vivendo na sua casa por alguns anos.
Muito devo aos meus avós minha formação.



MÁRIO DO CARMO TANAJURA nasceu em 13/09/1904, no Valo da Boa Sorte, no então distrito de Vila Velha, atual Livramento de Nossa Senhora, Bahia, na casa de residência de seus pais Francisco Octaviano Tanajura e Donatila Meira Tanajura. 12.º filho do casal.
Seus primeiros estudos foram feitos na Barrinha, bem próxima ao Valo e depois na Rua do Fogo. Aos 8 anos sofreu um ferimento grave por uma espingarda, disparada acidentalmente. Só não morreu porque foi socorrido imediatamente por seu avó médico o Dr. José de Aquino Tanajura e por Dr. Afonso Guimarães Tanajura (um parente do Dr. Tanajura que residia na Rua do Fogo). Passou mais de 30 dias na casa do avô no sítio da Lagoa, até que recuperasse completamente dos ferimentos.
Em 1917, começou a trabalhar no comércio, na loja de Gentil de Castro Vilas-Boas, depois trabalhou em Brumado, no lugar Olhos D'Água e depois regressou para Livramento, residindo novamente no Valo.
Entre 1924 e 1925, realizou uma viagem ao interior de São Paulo, juntamente outros conterrâneos, inclusive seu cunhado Alfredo de Souza Machado, onde residiram, na região de Presidente Prudente e Bauru, por curto período, trabalhando em uma fazenda.
Quando regressou de São Paulo assumiu o cargo de Escrivão no Cartório de Cívil onde trabalhava seu pai Francisco Octaviano Tanajura. Quando seu pai faleceu, em 1927, foi transferido para o Cartório de Feitos Civis e Criminais, até aposentar-se, em 1957.


Em 7 de julho de 1928, casou-se com sua prima Hildeth Meira Vilasboas, filha de Tibério de Castro Vilas-Boas e Antônia Meira Vilas-Boas.

Tiveram do casamento os seguintes filhos: Maria do Carmo, Antônio, Elizabeth, Arnaldo, Darcy, Raimundo, Nilza, Daniel, Joselita, Marilde, Maria da Conceição, Rose Mary e Maria das Graças.
Da esquerda para direta: Elizabeth, Marilde, Maria da Conceição, Joselita, Darcy, Maria do Carmo.
Sentados: Daniel, Rose Mary, Eduardo (esposo de Rose) e Raimundo
Foto tirada no Casamento de Rose, em 1979

Na vida pública, fez parte da Associação dos Amigos de Livramento, desde sua fundação, em 1934, da Cooperativa Mista de Livramento, da Sociedade de Águas de Livramento, Secretário da Prefeitura na Gestão de Dr. Edílson Pontes e José Maria Tanajura. No dia 21 de agosto de 1949, juntamente com seu cunhado João Baptista Vilas-Boas e diversas pessoas da cidade de Livramento fundam a Cooperativa de Educação e Cultura Resp. Ltda., tendo sido eleito Secretário. Após a primeira eleição da Assembléia Geral ordinária, em 1952 foi eleito Presidente desta Cooperativa permanecendo no cargo até 1986. Através da Cooperativa foi fundado o
Ginásio de Livramento foi, em 28 de março de 1950, dopois recebeu o nome de Colégio "João Villas-Bôas", inicialmente mantido pela Cooperativa de Educação e Cultura Resp. Ltda, hoje é mantido pelo Governo do Estado da Bahia, com o nome de Colégio Estadual "João Vilas Boas".
Trabalhou também com um escritório de contabilidade, prestando serviço a várias prefeituras das cidades circunvizinhas.
Este presente na instalação da Comarca de Livramento, em 1955, dando apoio a diversos juízes e advogados, pelo seu conhecimento jurídico. Prestou diversos serviços a pessoas que o procuravam, mesmo aposentado, para resolver fatos na justiça, devido a ter trabalhado no cartório do Cível.
Celebrou seus 90 anos com sua família em uma Missa na Catedral de Nossa Senhora do Livramento e um confraternização na sua residência, na Rua Cônego Augusto.
Faleceu em 09/04/1996, em sua casa de residência com a idade de 91 anos.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

POESIA COQUEIROS

COQUEIROS

Poema escrito por Mozart Tanajura

Contam os primeiros
Que ali não havia coqueiros.
Antes eram só pastos
E chão dos Castros.
A vida era calma, sem confusão,
Plantava-se cana, arroz, algodão;
Fabricava-se açúcar e pão-de-milho,
E, sobretudo, se fazia filhos.
Havia água em abundância:
“Rego do Major”, “Rego da Boa Esperança”,
“Rego do Engenho”, “Rego do Sobrado”.
Todos nascendo do Rio Brumado.
Água para mover o engelho real
- econômico, primitivo, tradicional.
Água para girar depressa a mó,
Nos “Coqueiros” de Miguel Alves, do Cafundó.
Água para destilar a fumarenta cana,
Água para se tomar banho na bicana.
A cachoeira de “Vila Velha” cobriu a pedra.
Haverá com fartura água na terra!
“Coqueiros”dos tempos idos de então:
Negras e sinhás fazendo rendas no estradão;
Camas largas de moças casadouras,
Gemendo nas solidões aterradouras.
Quem virá desposar, um dia,
Cândida, Francisca ou Maria?
“Coqueiros” dos tempos sem igual:
Missas celebradas ali pelo Natal;
Mesas cheias e compridas, de jacarandá;
Fartura igual nunca haverá:
Terrinas de Macau, travessas e travessões;
Leitoas nas ceias, perus, galinhas e leitões.
Doces, geléias, compotas e vatapá.
Quem disso não gostará?
Mas, contam os primeiros
Que ali não havia coqueiros.
Um dia, naquele Engenho, chegou um Doutor,
Para curar uma dor,
Que na garganta se induz
De dona Francisca de Jesus.
E, desta cura no bendito afã,
Nasceu um amor, origem do famoso ela.
- Queres casar comigo, disse a Sinhazinha
(os dois a sós na camarinha),
Com voz rouca tristura
Ao médico José de Aquino Tanajura.
E este lhe disse que queria,
Que a vida toda um ao outro se amaria.
O velho Alves Coelho sabedor,
Naquele mesmo instante aprovou.
E, no dia do casamento,
Como naquele tempo saía,
(plantar sempre uma árvore nas grandes ocasiões),
Mandou buscar em Salvador
Mudas de côco da Bahia
E naquelas terras as plantou,
E desde então “Coqueiros” se chamou.

Poesia escrita por José Mozart Tanajura, filho de Domingos de Espírito Santo Tanajura e Dolores Tanajura, contando como ocorreu o casamento dos seus bisavôs, Dr. José de Aquino Tanajura e Antônia Francisca de Jesus. Miguel Alves Coelho era natural do lugar Cafundó, na região de Rio de Contas, e casou-se com Manoela Sofia, filha do Tenente-coronel Joaquim Pereira de Castro, um dos pioneiros na povoação da atual cidade de Livramento. O velho Alves Coelho era proprietário de um engenho de açúcar nos arredores da cidade. O Dr. Tanajura residia na cidade de Rio de Contas, e foi chamado para medicar a filha do velho Alves Coelho, Antônia Francisca de Jesus. O engenho passou a se chamar “Coqueiros”. O lugar ainda possui a casa grande da propriedade, mas encontra-se desapropriado pelo projeto de irrigação do vale do Rio Brumado.

quarta-feira, 23 de março de 2011

FILHOS DO CASAL DR. TANAJURA X ANTÔNIA FRANCISCA

FILHOS DO CASAL DR. JOSÉ DE AQUINO TANAJURA (chamado pelos filhos e netos de Pai Doutor) E ANTÔNIA FRANCISCA DE JESUS ALVES DE CASTRO COELHO TANAJURA (chamada pelos filhos e netos de Mãe Sinhazinha):

1º - Miguel Alves de Castro Tanajura nasceu em 15 de dezembro de 1862 e faleceu em 2 de novembro de 1918. Casou-se em primeiras núpcias com Otília de Castro Meira, em 11 de outubro de 1884, falecida em 1º de março de 1886, filha de Antônio de Souza Meira e Donatila de Castro Meira. Viúvo, casou-se em segundas núpcias em 29 de setembro de 1887, com Joaquina Carlota de Castro Meira, nascida em 17 de maio de 1869 e falecida em 20 de fevereiro de 1964, com 94 anos, filha de Rodrigo de Souza Meira e Carlota Maria de Castro Meira.

2º- Maria de Castro Tanajura nasceu em 18 de janeiro de 1864 e faleceu em 22 de outubro de 1883, com 19 anos, solteira.

3º- Francisco Octaviano Tanajura nasceu em 9 de novembro de 1865 e faleceu em 22 de agosto de 1927, com 52 anos. Casou-se em 28 de setembro de 1887, com Donatita de Castro Meira, filha de Antônio de Souza Meira e Maria Carlota de Castro Meira. Viúvo, casou-se em segundas núpcias com Manoela Aurora de Castro, em 24 de dezembro de 1911, filha de Miguel Alves de Castro Coelho e Francisca de Castro Coelho. Não tiveram filhos das segundas núpcias.

4º- Theodoro Alves de Castro Tanajura (Major Theodoro) nasceu em 26 de novembro de 1866 e faleceu em 14 de junho de 1924, com 57 anos. Casou-se em 15 de novembro de 1894, com Faustina Alves de Aguiar, falecida em 25 de junho de 1941.

5º- José de Aquino Tanajura Júnior (Coronel Zezinho) nasceu em 5 de fevereiro de 1868 e faleceu em 11 de agosto de 1959, com 91 anos. Casou-se em 26 de outubro de 1904, com Joana Alves de Oliveira, da qual não teve filhos. Separou-se e passou a viver com Etelvina.

6º- Emygdia Rosa Tanajura (Mãe Sinhá) nasceu em 22 de março de 1869 e faleceu em 13 de agosto de 1959, com 90 anos, solteira.

7º- Rosa Tanajura nasceu em 19 de agosto de 1870 e faleceu em 26 de agosto de 1872, com 2 anos.

8º- Gabriel Tanajura nasceu em 5 de março de 1872 e faleceu em 2 de agosto de 1953, com 81 anos. Casou-se em primeiras núpcias em 27 de novembro de 1895, com Maria Carlota de Castro Meira, falecida em 29 de abril de 1912, filha de Francisco de Souza Meira e Joaquina de Castro Meira. Viúvo, casou-se em segundas núpcias com Maria Rita Pereira, falecida em 19 de outubro de 1914. Viúvo novamente, casou-se em terceiras núpcias em 6 de fevereiro de 1915, com Mariana Alves de Oliveira. Não houve filhos nas segundas e terceiras núpcias.

9º- Raphael Tanajura nasceu em 7 de abril de 1873 e faleceu em 3 de novembro de 1853, com 80 anos. Casou-se em 9 de janeiro de 1897, com Ana Zeferina de Castro Coelho, filha de Cândido Alves de Castro Coelho e Ana Zeferina de Castro Coelho.

10º- Helena Tanajura nasceu em 19 de fevereiro de 1875 e faleceu em 11 de setembro de 1961, com 86 anos. Casou-se em 4 de julho de 1896, com o dr. Clemente Tanajura Guimarães, falecido em 4 de dezembro de 1949, filho de José Vicente Guimarães e Ana Constança Gumarães Tanajura.

11º- Ana Cândida Tanajura nasceu em 11 de janeiro de 1877 e faleceu em 15 de novembro de 1952, com 75 anos. Casou-se em 30 de julho de 1893, com Ursino de Souza Meira Júnior, falecido em 1º de abril de 1949, filho de Ursino de Souza Meira e Umbelina da Silva Leite.

12º- Joaquim Augusto Tanajura (Tanajurinha) nasceu em 31 de dezembro de 1878 e faleceu em 19 de junho de 1941, em São Paulo, capital, com 62 anos. Diplomou-se em medicina, em 8 de dezembro de 1900, pela Faculdade de Medicina da Bahia. Foi deputado federal no Rio de Janeiro, capitão médico da Polícia Militar do Distrito Federal. Foi o primeiro prefeito eleito da cidade de Porto Velho, depois foi deputado estadual do Amazonas e prefeito de Manaus, em 1930. Em 1940, deixa o norte do País e vai para o Paraná, onde foi médico da Polícia Militar. De passagem por São Paulo, em 1941, foi internado no Instituto Paulista, onde veio a falecer. Casou-se com Flora Ferreira de Carvalho com a qual teve duas filhas.

terça-feira, 1 de março de 2011

URSINO TANAJURA MEIRA

Ursino Tanajura Meira era filho de Ursino de Souza Meira Júnior e Ana Cândida Tanajura Meira.
Ele foi prefeito na década de 1940, e realizou a primeira urbanização do centro da cidade, plantando árvores em toda a praça, retificando as calçadas.
Ursino Tanajura Meira



Inauguração do Campo de Aviação de Livramento, que recebeu o nome de Durval Spínola

PRIMEIRO PREFEITO

O primeiro prefeito de Livramento foi Ursino de Souza Meira Júnior, em 1921, filho da tradicional família Meira. Casou-se com a filha do Dr. Tanajura e Antônia Francisca, Ana Cândida Tanajura, que por sua vez foi a primeira primeira dama do município de Livramento.
Neste ano de 2011, o município de Livramento completa 90 anos de emancipação política.


Bandeira Municipal de Livramento

Sobradinho no qual residiu o primeiro prefeito de Livramento e sua família

Ana Cândida e Ursino Júnior

LIVRAMENTO DO PASSADO E DO PRESENTE

A cidade de Livramento formou-se ao redor da igreja. No começo a igreja sob a invocação de Nossa Senhora do Livramento ficava no local onde já foi o Jardim Velho, virada para o poente.
No final do século XIX, foi contruída a nova igreja Matriz, que hoje é a catedral diocesana de Nossa Senhora do Livramento.
Década de 1940, primeira urbanização da praça da Matriz

Século XXI, estado da atual praça que agora tem o nome do primeiro bispo diocesano Dom Hélio Paschoal, já falecido.

A ESPOSA DO DR. TANAJURA


Antônia Francisca de Jesus Alves de Castro Coelho, filha de Miguel Alves Coelho e Manoela Sofia de Castro Coelho.
Antônia Francisca era neta do coronel Joaquim Pereira de Castro, procurador da Casa da Ponte nos idos de 1765, para vender as terras onde hoje se encontra a cidade de Livramento de Nossa Senhora - Bahia
Saiba mais sobre a família Castro, através do livro: Castro, tesouro de família, publicado por Samuel Castro (castro.genealogia@bol.com.br)

DADOS BIOGRÁFICOS DO DR. TANAJURA

Dr. José de Aquino Tanajura (Nasceu em16/09/1831 e Faleceu em  23/11/1918, com 87 anos) Nasceu em um sobrado no Terreiro de Jesus, em Salvador, residência de seus pais. Foi batizado pelo barão e pela baronesa de Maragogipe. Diplomou-se pela Faculdade de Medicina da Bahia, em 1856. Poucos anos depois transferiu-se para Minas de Rio de Contas e posteriormente para Vila Velha, atual Livramento. Foi senador da República, participando da primeira constituinte republicana, em 1891. Teve uma brilhante carreira profissional e política, vindo a falecer com avançada idade, em sua residência, no sobrado na Praça da Bandeira, atual sede da Prefeitura Municipal, no antigo distrito de Vila Velha, atual Livramento, Bahia. Casou-se em 30/09/1861, com Antônia Francisca de Jesus Alves de Castro Coelho, filha de Miguel Alves Coelho e Manoela Sofia de Castro Coelho. Construíram a casa do sítio Bom Jardim de São José, também chamado de Lagoa, nos arredores de Livramento.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O CASAL TANAJURA E A CASA DA LAGOA

A família Tanajura residia no Sítio Bom Jardim de São José, também conhecido como Lagoa.
Havia cinco palmeiras plantadas na frente da casa. Segundo a tradição são sementes trazidas pelo Barão de Vila Velha, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, e oferecidas ao Dr. Tanajura.


Casal: Dr. Tanajura e Antônia Francisca Tanajura

Visita de familiares à Casa da Lagoa - vista da Capela no interior da casa

Vista externa da casa




PAIS DO DR. TANAJURA

Pai do Dr. Tanajura, que também se chamava José de Aquino, residia em Salvador
e visitou Livramento no final do século XIX

Mãe do Dr. Tanajura, Helena Filismina de Aquino Tanajura
Segundo relatos da tradição oral, ela era francesa


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

SOBRADO DOS TANAJURA

Sobrado onde residiam os Tanajura na antiga praça da Matriz,
no centro de Livramento, até a década de 1940.
Atual prédio da sede da Prefeitura Municipal
Dr. José de Aquino Tanajura
1831 (Salvador) -1918( Livramento)

FAMÍLIA TANAJURA - HÁ 150 ANOS EM LIVRAMENTO

Desde 1861, a família Tanajura se estabeleceu na cidade de Livramento de Nossa Senhora, no Estado da Bahia, a então Vila Velha, através do casamento do Dr. José de Aquino Tanajura e Antônia Francisca de Jesus Alves de Castro Coelho.
Tiveram muitos filhos, que deram origem aos Tanajura de Livramento.

O primeiro Tanajura nascido em terras livramentense foi o primeiro filho deste casal: Miguel Tanajura, nascido em 29 de setembro de 1862.

Coronel Miguel Tanajura
(N. 1862 -  F.1918)

Participe deste blog, enviando fatos interessantes sobre a família Tanajura em Livramento.