terça-feira, 7 de junho de 2011

MEU AVÔ MÁRIO DO CARMO TANAJURA

Meu avô materno Mário do Carmo Tanajura, carinhosamente chamado pelos familiares de "Pai Mário" deixou muitos ensinamentos à sua família e à sua cidade, Livramento. Tive a oportunidade de conviver com seus exemplos na minha tenra infância, vivendo na sua casa por alguns anos.
Muito devo aos meus avós minha formação.



MÁRIO DO CARMO TANAJURA nasceu em 13/09/1904, no Valo da Boa Sorte, no então distrito de Vila Velha, atual Livramento de Nossa Senhora, Bahia, na casa de residência de seus pais Francisco Octaviano Tanajura e Donatila Meira Tanajura. 12.º filho do casal.
Seus primeiros estudos foram feitos na Barrinha, bem próxima ao Valo e depois na Rua do Fogo. Aos 8 anos sofreu um ferimento grave por uma espingarda, disparada acidentalmente. Só não morreu porque foi socorrido imediatamente por seu avó médico o Dr. José de Aquino Tanajura e por Dr. Afonso Guimarães Tanajura (um parente do Dr. Tanajura que residia na Rua do Fogo). Passou mais de 30 dias na casa do avô no sítio da Lagoa, até que recuperasse completamente dos ferimentos.
Em 1917, começou a trabalhar no comércio, na loja de Gentil de Castro Vilas-Boas, depois trabalhou em Brumado, no lugar Olhos D'Água e depois regressou para Livramento, residindo novamente no Valo.
Entre 1924 e 1925, realizou uma viagem ao interior de São Paulo, juntamente outros conterrâneos, inclusive seu cunhado Alfredo de Souza Machado, onde residiram, na região de Presidente Prudente e Bauru, por curto período, trabalhando em uma fazenda.
Quando regressou de São Paulo assumiu o cargo de Escrivão no Cartório de Cívil onde trabalhava seu pai Francisco Octaviano Tanajura. Quando seu pai faleceu, em 1927, foi transferido para o Cartório de Feitos Civis e Criminais, até aposentar-se, em 1957.


Em 7 de julho de 1928, casou-se com sua prima Hildeth Meira Vilasboas, filha de Tibério de Castro Vilas-Boas e Antônia Meira Vilas-Boas.

Tiveram do casamento os seguintes filhos: Maria do Carmo, Antônio, Elizabeth, Arnaldo, Darcy, Raimundo, Nilza, Daniel, Joselita, Marilde, Maria da Conceição, Rose Mary e Maria das Graças.
Da esquerda para direta: Elizabeth, Marilde, Maria da Conceição, Joselita, Darcy, Maria do Carmo.
Sentados: Daniel, Rose Mary, Eduardo (esposo de Rose) e Raimundo
Foto tirada no Casamento de Rose, em 1979

Na vida pública, fez parte da Associação dos Amigos de Livramento, desde sua fundação, em 1934, da Cooperativa Mista de Livramento, da Sociedade de Águas de Livramento, Secretário da Prefeitura na Gestão de Dr. Edílson Pontes e José Maria Tanajura. No dia 21 de agosto de 1949, juntamente com seu cunhado João Baptista Vilas-Boas e diversas pessoas da cidade de Livramento fundam a Cooperativa de Educação e Cultura Resp. Ltda., tendo sido eleito Secretário. Após a primeira eleição da Assembléia Geral ordinária, em 1952 foi eleito Presidente desta Cooperativa permanecendo no cargo até 1986. Através da Cooperativa foi fundado o
Ginásio de Livramento foi, em 28 de março de 1950, dopois recebeu o nome de Colégio "João Villas-Bôas", inicialmente mantido pela Cooperativa de Educação e Cultura Resp. Ltda, hoje é mantido pelo Governo do Estado da Bahia, com o nome de Colégio Estadual "João Vilas Boas".
Trabalhou também com um escritório de contabilidade, prestando serviço a várias prefeituras das cidades circunvizinhas.
Este presente na instalação da Comarca de Livramento, em 1955, dando apoio a diversos juízes e advogados, pelo seu conhecimento jurídico. Prestou diversos serviços a pessoas que o procuravam, mesmo aposentado, para resolver fatos na justiça, devido a ter trabalhado no cartório do Cível.
Celebrou seus 90 anos com sua família em uma Missa na Catedral de Nossa Senhora do Livramento e um confraternização na sua residência, na Rua Cônego Augusto.
Faleceu em 09/04/1996, em sua casa de residência com a idade de 91 anos.