Minha tia-avó Francisca Donatila Tanajura (Santa) e seu esposo João Cândido da Conceição
Este blog tem como objetivo celebrar a presença da família Tanajura em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, há 150 anos, no biênio 2011-2012. Apartir da chegada e casamento do Dr. José de Aquino Tanajura (1861) e nascimento do primeiro Tanajura em Livramento, Cel. Miguel Alves de Castro Tanajura (1862).
Família muito atuante no passado e no presente, neste município.
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quinta-feira, 2 de agosto de 2012
segunda-feira, 23 de julho de 2012
TIA DARCY TANAJURA DE CÁSSIA
Tia Darcy e seu esposo Chico Brasil
DARCY TANAJURA DE CÁSSIA nasceu a 27 de abril de 1936, na cidade de Livramento de Nossa Senhora, Bahia. Filha de Mário do Carmo Tanajura e Hildeth Vilasboas Tanajura, tradicional família livramentense. Ainda criança, estudou na Escola Lélis Piedade onde fez o curso primário. Em 1950, iniciou o curso Ginasial e foi aluna da 1.ª Turma do então fundado Colégio “João Vilas-Boas”, concluindo no ano de 1953 como uma das primeiras alunas da classe. Como em Livramento não possuía 2.º grau, deixou sua família e foi estudar na cidade vizinha de Caetité, na Escola Normal de Caetité, onde concluiu o curso de Magistério, em 1955. Formada em magistério, começou sua carreira profissional como professora primária.
Casou-se com Francisco Brasil de Cássia em 31 de dezembro de 1959, com quem teve três filhos: Artur Fernando, Maria Fátima e Mário do Carmo.
Em 1962 fez o curso CADES/MEC, no Rio de Janeiro, especializando-se em Geografia Geral e do Brasil, disciplina que lecionou por 32 anos no Colégio “João Vilas-Boas”. Neste mesmo Colégio ensinou também as disciplinas: Estrutura e Funcionamento do Ensino de 1.º Grau, Educação Moral e Cívica e Administração Escolar. Em 1967 fez o curso de Direto de Estabelecimento de Ensino Secundário e assumiu então o cargo de Diretora Geral do Colégio “João Vilas-Boas”, o qual administrou com competência e determinação por 20 anos.
Embora tenha ficado viúva, precocemente em 1983, não se deixou abater dedicando todo seu tempo entre a criação e educação dos filhos e sua profissão de Educadora. Como Diretora dinâmica e atuante, participou de diversos Congressos, Seminários e Encontros de Aperfeiçoamento de Ensino, tornando-se Coordenadora de Educação Estadual em Livramento desde 1991. Na Coordenadoria, exerceu com obstinação e rigor a função por quase 10 anos, promovendo Encontros, Seminários, Jornadas Pedagógicas, efetuando as mudanças que vieram no ensino, sempre na busca da melhoria da qualidade na educação.
No mês de dezembro de 2000, promoveu sua última jornada pedagógica, “DESAFIOS E POSSIBILIDADES”, a qual reuniram-se por três dias 143 participantes – Professores, Diretores e funcionários da rede estadual de ensino – cujo evento foi alvo de elogios e parabenizações não só pelo seu conteúdo, como pela organização. Coincidentemente, a mensagem mais forte que ela deixou para os participantes deste evento ficará marcada para sempre na memória dos que ali estiveram; “De tudo ficam três coisas: a certeza de que estamos começando, a certeza de que é preciso continuar e a certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar. Fazer da interrupção um novo caminho, da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sonho uma ponte, da procura um encontro. E assim terá valido a pena” (Fernando Sabino).
Darcy Tanajura de Cássia faleceu no dia 5 de março de 2001, em Vitória da Conquista, no Hospital Samur, onde ficou em estado de coma por 5 dias, causado pelo rompimento de um aneurisma cerebral, deixando uma grande lacuna na educação de Livramento e região, e muitas saudades no coração dos seus amigos e familiares.
CEJVB, onde Tia Darcy foi professora e diretora por muitos anos
Hotel Livramento, na Praça Senador Tanajura, foi gerenciado e casa de residência de Tia Darcy.
JOSÉ MEIRA TANAJURA - CAZUZA
José Meira Tanajura (Cazuza) nasceu em 6 de agosto de 1909, no Valo da Boa Sorte, arredores de Livramento, e faleceu subitamente em 22 de dezembro de 1959, com 50 anos de idade. Ele era filho de Francisco Octaviano Tanajura e Donatila Meira Tanajura.
“Cazuza”, como era mais conhecido, administrou o município de Livramento de Nossa Senhora, de janeiro de 1955 a dezembro de 1958. Foi também lavrador e contador da Cooperativa Mista de Livramento, uma entidade de crédito agrícola que existiu até há pouco tempo. Era um homem altivo e muito respeitado na comunidade. Conforme lembra sua filha, a professora Ruth, ele gostava muito de ler e de ir ao cinema. Suas horas de folga eram dedicadas a visitas a parentes, nas fazendas da região, e ao jogo de cartas na Associação dos Amigos de Livramento, da qual era sócio. Foi sócio também da Sociedade das Águas de Livramento.
Como prefeito, iniciou a pavimentação da cidade, pela antiga Praça da Bandeira, hoje Praça Dom Hélio Pascoal, que teve grande impacto urbanístico na época. Por sugestão do então vereador Francisco Tanajura Machado, foi batizada com seu nome a atual Rua José Meira Tanajura, transversal da Avenida Presidente Vargas, a principal da cidade.
Casou-se com Dulce Guimarães Tanajura, com quem teve os filhos: Ruth, Rubem, Cremilton, Durval, Maria Inez e Francisco José.
DR. TANAJURA E A MEDICINA
DR. TANAJURA – BIOGRAFIA, por Getúlio Tanajura Machado (Trineto), adaptação de textos de Mozart Tanajura (bisneto) e Mário do Carmo Tanajura (Neto).
Dr. José de Aquino Tanajura nasceu em 16 de setembro de 1831, em um sobrado no Terreiro de Jesus, em Salvador, Bahia, casa de residência de seus pais Tenente José de Aquino Tanajura, nascido no Recôncavo baiano e Helena Filismina Tanajura, de origem francesa. Seu pai teve a patente militar de tenente, lutando em favor da Pátria na Guerra da Independência em Salvador, em 1823 e na revolução separatista Sabinada em 1837.
Criado em Salvador, o Dr. José de Aquino Tanajura entrou para a Faculdade de Medicina da Bahia, onde fez o curso com distinção. Ainda doutorando, ofereceu seus préstimos ao Governo para socorrer as populações atingidas pela cólera morbus na região de Cachoeira e Santo Amaro. Entregou-se de tal forma à campanha encetada pelo presidente da Província, que quase perdeu a vida. Dias e noites à cabeceira dos doentes, solícito e inexcedível ao combate do mal, minaram-lhe a saúde, arruindo-lhe os pulmões.
Recebeu do Imperador Dom Pedro II a comenda da Ordem da Rosa, pelos seus relevantes serviços na epidemia da Colera-morbus, em 1855.
De volta a Salvador, retornando dos seus serviços em Cachoeira e Santo Amaro, cola grau na Faculdade de Medicina e defende a tese: A Cólera-Morbus será contagiosa? É necessário admitir que a Cólera-morbus asiática foi importada ou pode-se explicar e admitir seu desenvolvimento entre nós? Generalidades sobre ácidos, especialmente sobre o oxálico. Quais são as moléstias que reclama ressecção da maxila inferior e quais também os métodos e processos para praticar esta operação?
Seu trabalho, publicado com esmero gráfico, como era comum entre os doutorandos, obteve grande repercussão, sendo registrado na memória do ano de 1856, da Faculdade de Medicina da Bahia, apresentada pelo Dr. João Antunes d’Azevedo Chaves.
Pretendia aperfeiçoar seus estudos na França. A sorte, porém, lhe reservara outro destino. Com a sua saúde cada vez mais comprometida, viu-se impossibilitado de atravessar os mares e satisfazer seus impulsos interiores. No século XIX, Paris era o sonho dos doutorandos brasileiros. Mas a doença que o acometia se agravara e foi recomendado pelos colegas que procurasse descansar em ares mais frescos do interior da Bahia. Buscou inicialmente o ar puro e fresco de Palmas de Monte Alto, famosa em toda Província como sanatório natural, mas em poucos meses transferiu-se para a vila de Nossa Senhora do Livramento das Minas do Rio de Contas, onde chegou em 6 de maio de 1857. Neste local também havia a epidemia da Cólera-morbus. Estabelecido aí, logo ganhou fama de bom médico. Com sua saúde já restabelecida, receitava um elixir anticolérico composto de cordeo santo, raiz de angélica, losna e cálamo aromático. Foi nomeado médico vacinador, atividade que exerceu de 1858 a 1868. Um fazendeiro da região de Vila Velha, distante de Rio de Contas mais ou menos duas léguas serra abaixo, o levou para atendimento de sua filha. A sinhazinha ao ver o médico logo se apaixonou, declarando em voz rouca e tristura: “Queres casar comigo?” Disse ao médico Tanajura. O velho pai da sinhazinha, sabedor, no mesmo instante o casamento aprovou. O casamento entre o Dr. Tanajura e Antônia Francisca de Jesus Alves de Castro Coelho realizou-se em 30 de setembro de 1861, passando o médico a residir no sítio da Lagoa, onde tiveram 12 filhos, origem da família Tanajura na região da atual cidade de Livramento de Nossa Senhora, Bahia.
Entre Livramento e Rio de Contas, o Dr. Tanajura dividiu seus deveres como funcionário público, médico e pai de família. Homem de visão extraordinária, construiu ao lado de sua casa um anexo com dois pavimentos, conhecido como sobradinho, onde atendia em clínica particular. Um espécie de casa de saúde, pois naquele tempo, naquela região não havia hospitais. Neste Sobradinho, instalou um laboratório farmacêutico e lugar para realização de pequenas cirurgias. Adquiriu fama e prestígio, atuando com um seu primo residente na cidade Dr. Afonso Tanajura Guimarães.
O Dr. José de Aquino Tanajura iniciou sua carreira política como vereador na vila de Minas do Rio de Contas entre os anos de 1861 a 1868. Foi eleito deputado geral nas últimas eleições do Império em 31 de agosto de 1889, mas não chega a tomar posse devido à dissolução da Câmara dos Deputados, com a Proclamação da República. Foi presidente da câmara e intendente municipal de Rio de Contas, de 24 de maio de 1890 a 21 de janeiro de 1893, retornando ao cargo até 1895 e de 22 de março de 1896 a 1899. Foi eleito senador da Assembleia Constituinte de Estado da Bahia, de 1891 a 1896, tendo ocupado o cargo de 1º. secretário, participando a primeira constituinte republicana. Ocupou o cargo de presidente do senado da Bahia, de 8 de abril de 1896 a 16 de novembro de 1905. Foi governador interino na ausência do governador Luiz Viana em viagem para a capital do País.
Em 1906, faleceu sua esposa, tendo ele se recolhido ao sertão em 1907, não mais pleteiando reeleição, desgostoso com a política devido calúnias envolvendo seu nome no atentado ao governador Dr. José Marcelino de Souza. Em seu testamento declara-se inocente, perdoando o seu caluniador.
Recolhido ao sertão, ele comandava a política local, através dos seus filhos a quem apoiava: coronel Miguel Tanajura, o tenente-coronel José de Aquino Tanajura Júnior (Coronel Zezinho), o major Theodoro Tanajura, e ainda Rafael Tanajura, Gabriel, e Francisco Octaviano Tanajura (Chico Tanajura).
Seu filho caçula Joaquim Augusto Tanajura estudou medicina da Faculdade de Medicina da Bahia, graduando-se em 8 de dezembro de 1900, defendendo a tese sobre letalidade infantil. Dr. Tanajurinha, como era chamado, galgou também carreira política sendo o primeiro prefeito de Porto Velho, em Rondônia, e, posteriormente, deputado estadual do Amazonas.
O Dr. José de Aquino Tanajura veio a falecer no sobrado da família no centro de Vila Velha, atual cidade de Livramento de Nossa Senhora, em 23 de novembro de 1918, confortado pelos sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana, e cercado dos amigos e familiares que o chamavam carinhosamente de “Pai Doutor”.
Deixou vasta descendência origem dos Tanajura em Livramento de Nossa Senhora, Bahia. Muitos dos seus descendentes e descendentes de seus primos são inscritos no Conselho de Medicina da Bahia:
ABELARDO GUIMARAES TANAJURA FILHO CRM 7453
ADRIANO TANAJURA ANGRISANI CRM 23891
AIDA TANAJURA MOREIRA CRM 7808
ANGELA TANAJURA REQUIAO CRM 6261
ANTONIO TANAJURA MEIRA CRM 5122
BIANCA TANAJURA OLIVEIRA BERTINO CRM 19732
CLAYTON RONAN MAGALHAES TANAJURA CRM 14244
DAGOBERTO TANAJURA SANTOS CRM 6263
DAVI TANAJURA COSTA CRM 17238
DAVID BARBOSA TANAJURA CRM 20593
EDUARDO DE ARAUJO TANAJURA CRM 6654
ENIO RODRIGUES TANAJURA CRM 23494
FERNANDA TANAJURA SPINOLA CRM 20588
FREDERICO TANAJURA GUIMARAES B. SOUZA CRM 95
GETULIO TANAJURA MACHADO CRM 8804
GILDASIO DE CASTRO TANAJURA CRM 5393
GUSTAVO MUSTAFA TANAJURA CRM 10615
IANY PESSOA TANAJURA CRM 3083
IVONE TANAJURA BISCAIA CRM 8347
JAYME PONTES TANAJURA CRM 1022
JOSE ROBERTO TANAJURA SAMPAIO CRM 7543
JOSE TANAJURA GOMES BASTOS CRM 17813
KLEBER CHAVES TANAJURA CRM 10482
LEODEGARIO TANAJURA MATIAS CRM 2669
LORENA TANAJURA OLIVEIRA CRM 18103
MARILTON TANAJURA MATIAS CRM 12778
MIGUEL GOMES TANAJURA CRM 3198
NELSON TIAGO BARBOSA TANAJURA CRM 16190
ORLANDO TANAJURA MENDES FILHO CRM 2023
ROBSON CHAVES TANAJURA CRM 8155
SAMANTHA CASTRO TANAJURA RODRIGUES CRM 24097
SANDRO GLEISSON TANAJURA MEIRA LIMA CRM 16204
SELY TANAJURA ANGRISANI CRM 8405
HÉLITON SILVA TANAJURA CRM 81891
HÉLITON SILVA TANAJURA CRM 81891
sábado, 21 de julho de 2012
FAMÍLIA DE TIA JUDITE TANAJURA
Da esquerda para a direita: De pé (Santa, Tilinha, Belinha, Nengo, Judite, Dezinha, João Matias com o filho Artur Matias). Sentados: João Pedro e Chico Brasil.
Tia Judite filha de Francisco Octaviano Tanajura e Donatila Meira Tanajura.
Foto da década de 1940, na época Tia Judite já estava viúva do seu esposo Artur Cândido de Castro
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